Nesta quarta-feira, 3, o Partido Comunista do Vietnã comemora seus 80 anos de existência. Para saudar a data, o PCdoB enviou mensagem à direção do PCV em que coloca sua admiração pela “intensa atividade internacionalista do Partido Comunista do Vietnã. Os revolucionários do mundo sempre tiveram no PCV um entusiasta das lutas de libertação e pelo socialismo”.
O líder comunista, Ho Chi Minh
A nota – assinada pelo presidente do PCdoB, Renato Rabelo, e pelo secretário de Relações Internacionais, José Reinaldo Carvalho – destaca ainda a luta daquela nação por sua independência e autodeterminação. “Os povos do mundo recordam com enorme admiração o heróico feito do povo vietnamita, que liderado pelo PCV e pelo inesquecível camarada Ho Chi Minh, foi vitorioso na sua luta por libertação nacional, derrotando o imperialismo norte-americano e abrindo caminho à independência nacional, ao progresso e ao socialismo”.
Mais recentemente, o 6º Congresso do PCV, em 1986 , decidiu por uma política de renovação do socialismo. Como resultado dessa atualização, o PCdoB destaca mudanças importantes especialmente nos campos social e econômico que criaram bases para o desenvolvimento do país. Atualmente, “a despeito da grave crise internacional, o Vietnã registrou um crescimento de 5,3% no ano 2009, e no último trimestre de 2009, registrou um crescimento de 6,9%, com a inflação sob controle”, enfatiza a nota.
Para o PCdoB, “esses níveis de crescimento apontam para a justeza da orientação geral do Partido Comunista do Vietnã, que mantém seu país como um dos países de mais elevado crescimento no mundo”.
Relação entre países e partidos
Os dirigentes comunistas brasileiros destacam ainda as “frutíferas e amistosas relações bilaterais”. Tal ligação se intensificou a partir de 2007, quando o secretário-geral do PCV, Nông Duc Manh, visitou o país e o PCdoB. Em seguida, no ano de 2008, comitiva do Comitê Central do PCdoB, liderada pelo presidente Renato Rabelo, esteve no Vietnã. Por fim, o PCV enviou delegação ao 12º Congresso do PCdoB, em novembro.
O PCdoB apoia também a intensificação das relações entre Brasil e Vietnã, que ganharam novo impulso com a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho de 2008, a primeira de um chefe de Estado brasileiro ao país oriental. “Ilustra o desenvolvimento destas relações bilaterais o fato de que entre 2002 e 2007, a corrente de comércio entre os dois países passou de US$ 43 milhões para US$ 323 milhões, o que representa um crescimento superior a 650%. Em 2010, foi proposta a meta de essa corrente de comércio atingir 1 bilhão de dólares”, diz a nota que conclui chamando atenção para “as visões coincidentes” entre as duas nações como a “aspiração de uma ordem internacional mais democrática e menos assimétrica”.
O PCdoB finaliza o documento fazendo votos de que “o povo vietnamita alcance plenos êxitos na sua luta pelo desenvolvimento e pela construção do socialismo no Vietnã”.
História
A história do Partido Comunista do Vietnã se confunde com a história moderna de seu país. O PCV foi criado em 3 de fevereiro de 1930 por Ho Chi Min e outros exilados que viviam na China. Seu primeiro congresso nacional aconteceu em 1935, de maneira clandestina, em Macau.
Os comunistas foram responsáveis, em 1939, pelo fim da ocupação secular exercida pelos franceses sobre o território vietnamita e, mais tarde, também lutaram contra os japoneses.
Após a Segunda Guerra Mundial, os vietnamitas tiveram, mais uma vez, de lutar contra a tentativa dos franceses de retomar o comando do país através da Guerra da Indochina, vencida pelos comunistas com a Batalha de Dien Bien Phu, em maio de 1954. Porém, o país saía mais dividido entre Norte – comunista – e Sul – anticomunista, apoiado pelos Estados Unidos no contexto da Guerra Fria.
Em 1957, começavam os confrontos entre os dois lados. Mais tarde, em 1965, temendo a formação de uma república comunista, os EUA passaram a enviar tropas para o país, resultando na Guerra do Vietnã, uma das mais sangrentas da história. Os Estados Unidos usaram todo seu poder bélico. Estima-se que mais de 3 milhões de vietnamitas foram mortos. Ainda assim, os estadunidenses saíram derrotados.
O Acordo de Paris, assinado em 1973, encerraria a guerra, mas os conflitos continuaram até 1976. Ao fim, Norte e Sul se unificaram, originando a República Socialista do Vietnã. Começava ali uma nova fase de recuperação das incalculáveis perdas humanas e econômicas e de implantação do socialismo.
Em dezembro de 2009, Brasil e Vietnã comemoraram 20 anos de relações. Apesar disso, apenas em julho de 2008 um presidente brasileiro foi ao país. Lula fechou acordos comerciais e científicos e, na ocasião, declarou que “com a mesma perseverança com que conseguiu sua independência, o Vietnã se distingue por seus bons resultados e as elevadas taxas de crescimento de sua economia". Disse ainda que “ambos os países compartilham da visão de que “os problemas mundiais não podem ser resolvidos apenas pelos países altamente industrializados".
Da redação
Obs: Este artigo é do site do PCdoB.
Mais recentemente, o 6º Congresso do PCV, em 1986 , decidiu por uma política de renovação do socialismo. Como resultado dessa atualização, o PCdoB destaca mudanças importantes especialmente nos campos social e econômico que criaram bases para o desenvolvimento do país. Atualmente, “a despeito da grave crise internacional, o Vietnã registrou um crescimento de 5,3% no ano 2009, e no último trimestre de 2009, registrou um crescimento de 6,9%, com a inflação sob controle”, enfatiza a nota.
Para o PCdoB, “esses níveis de crescimento apontam para a justeza da orientação geral do Partido Comunista do Vietnã, que mantém seu país como um dos países de mais elevado crescimento no mundo”.
Relação entre países e partidos
Os dirigentes comunistas brasileiros destacam ainda as “frutíferas e amistosas relações bilaterais”. Tal ligação se intensificou a partir de 2007, quando o secretário-geral do PCV, Nông Duc Manh, visitou o país e o PCdoB. Em seguida, no ano de 2008, comitiva do Comitê Central do PCdoB, liderada pelo presidente Renato Rabelo, esteve no Vietnã. Por fim, o PCV enviou delegação ao 12º Congresso do PCdoB, em novembro.
O PCdoB apoia também a intensificação das relações entre Brasil e Vietnã, que ganharam novo impulso com a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho de 2008, a primeira de um chefe de Estado brasileiro ao país oriental. “Ilustra o desenvolvimento destas relações bilaterais o fato de que entre 2002 e 2007, a corrente de comércio entre os dois países passou de US$ 43 milhões para US$ 323 milhões, o que representa um crescimento superior a 650%. Em 2010, foi proposta a meta de essa corrente de comércio atingir 1 bilhão de dólares”, diz a nota que conclui chamando atenção para “as visões coincidentes” entre as duas nações como a “aspiração de uma ordem internacional mais democrática e menos assimétrica”.
O PCdoB finaliza o documento fazendo votos de que “o povo vietnamita alcance plenos êxitos na sua luta pelo desenvolvimento e pela construção do socialismo no Vietnã”.
História
A história do Partido Comunista do Vietnã se confunde com a história moderna de seu país. O PCV foi criado em 3 de fevereiro de 1930 por Ho Chi Min e outros exilados que viviam na China. Seu primeiro congresso nacional aconteceu em 1935, de maneira clandestina, em Macau.
Os comunistas foram responsáveis, em 1939, pelo fim da ocupação secular exercida pelos franceses sobre o território vietnamita e, mais tarde, também lutaram contra os japoneses.
Após a Segunda Guerra Mundial, os vietnamitas tiveram, mais uma vez, de lutar contra a tentativa dos franceses de retomar o comando do país através da Guerra da Indochina, vencida pelos comunistas com a Batalha de Dien Bien Phu, em maio de 1954. Porém, o país saía mais dividido entre Norte – comunista – e Sul – anticomunista, apoiado pelos Estados Unidos no contexto da Guerra Fria.
Em 1957, começavam os confrontos entre os dois lados. Mais tarde, em 1965, temendo a formação de uma república comunista, os EUA passaram a enviar tropas para o país, resultando na Guerra do Vietnã, uma das mais sangrentas da história. Os Estados Unidos usaram todo seu poder bélico. Estima-se que mais de 3 milhões de vietnamitas foram mortos. Ainda assim, os estadunidenses saíram derrotados.
O Acordo de Paris, assinado em 1973, encerraria a guerra, mas os conflitos continuaram até 1976. Ao fim, Norte e Sul se unificaram, originando a República Socialista do Vietnã. Começava ali uma nova fase de recuperação das incalculáveis perdas humanas e econômicas e de implantação do socialismo.
Em dezembro de 2009, Brasil e Vietnã comemoraram 20 anos de relações. Apesar disso, apenas em julho de 2008 um presidente brasileiro foi ao país. Lula fechou acordos comerciais e científicos e, na ocasião, declarou que “com a mesma perseverança com que conseguiu sua independência, o Vietnã se distingue por seus bons resultados e as elevadas taxas de crescimento de sua economia". Disse ainda que “ambos os países compartilham da visão de que “os problemas mundiais não podem ser resolvidos apenas pelos países altamente industrializados".
Da redação
Obs: Este artigo é do site do PCdoB.
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