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quarta-feira, 20 de maio de 2009

A esquerda chilena se une e marcha rumo ao Socialismo do século XXI




Por Yamila Blanco

Sáb, 16 de maio de 2009 13:50


Salvador Allende: "Abrir-se-ão
as grandes alamedas"Caracas, 14 Mai. (ABN). ─ No passado 26 de abril, os partidos chilenos de esquerda apresentaram Jorge Arrate como candidato às eleições presidenciais que se celebrarão nessa nação em dezembro próximo.

A conformação da aliança Frente Ampla/Juntos Podemos MAS responde a uma necessidade das forças antineoliberais do Chile que buscam somar-se à corrente de mudança que inunda o continente Latino-americano rumo ao socialismo do Século XXI.

Conformação desde a base

A eleição do candidato allendista Arrate foi o último passo dado dentro de um processo de unidade iniciado desde as bases.

Assim o sinalizou, em entrevista telefônica para a Agência Bolivariana de Notícias (ABN), o integrante do Comitê Central do Partido Socialista do Chile, Esteban Silva Cuadra, que detalhou como foi essa construção.

"Primeiro se instalaram ao largo e na extensão de todo o país mais de 198 Assembleias Unitárias de Esquerda de base, que culminaram nos días 25 e 26 de abril na eleição do programa único, alternativo e antineoliberal de governo para o futuro e a eleição do candidato único", explicou.

Da reunião final, realizada na Universidade Técnica do Estado (UTE) em Santiago do Chile, participaram mais de 3 mil delegados e delegadas das diferentes agrupações que conformam a Frente, os quais decidiram mediante o voto que Arrate era quem melhor representava o projeto debatido com anterioridade em todo o território nacional.

Esse candidato participou do governo de Salvador Allende, quem a fins de 1970 o encarregou da compra da Empresa Editora Zigzag e da direção provisória dela, a qual se converteu na Quimantú, a mais exitosa experiência editorial da história do livro chileno.

Em começos de 1971, Allende designou Arrate como seu Assessor Econômico e em meados do ano o nomeou Vice-presidente Executivo da Corporação do Cobre do Chile (Codelco), onde teve a seu cargo o processo de nacionalização desse metal.

Em junho e julho de 1972, exerceu ao mesmo tempo, em caráter interino, a direção do Ministério das Minas e logo do 11 de setembro de 1973, data em que foi derrocado Allende, se viu obrigado a marchar para o exílio.

Projeto libertador

Mas a Frente Ampla/Juntos Podemos MAS recolhe algo mais do que uma simples personagem desse projeto de mudança libertador que Allende buscava levar adiante: "O candidato representa um projeto socialista, allendista, um projeto de país, do socialismo do século XXI, que chegou para ficar mais aleém das eleições de dezembro próximo", declarou Silva Cuadra.

O integrante do Comitê Central do Partido Socialista manifestou que a proposta do movimento é gerar uma alternativa de governo antineoliberal, com o objetivo principal de conformar uma Assembleia Constituinte para criar uma nova Carta Magna.

"Necessitamos de uma nova Constituição para o Chile, que redefina o rol do Estado frente às riquezas naturais e a economia, com mecanismos que permitam terminar com a exclusão no país", declarou.

Silva Cuadra explicou que da Frente formam parte os partidos Comunista, Esquerda Cristã, Humanista, Socialistas allendistas e outros movimentos e grupos independentes de esquerda que provêm de distintas vertentes do socialismo popular revolucionário e da base da sociedade chilena.

Integração continental

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