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quarta-feira, 1 de abril de 2009

PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEÇA!


Há quarenta e cinco (45) anos, no primeiro de briu de 1964, o povo brasileiro foi surpreendido com a ocupação de ruas e áreas estratégicas, por tropas das forças armadas, em todas as cidades do país. Tornava-se assim, naquele momento, conhecimento de um golpe cívico-militar, que atentava contra a legalidade institucional, com a finalidade de impedir a realização das chamadas "Reformas de Base", em torno das quais se organizava a maioria da população. Prisões, torturas e assassinatos, se tornaram presentes no nosso dia a dia, durante vinte e um anos (21).

Muitos dos que foram mortos, e enterrados em lugares até hoje não revelados, continuam insepultos para as suas famílias, pois os arquivos do período ditatorial (1964-1985) não foram totalmente abertos e colocados à disposição de quem quiser consultá-los.

Em face disso é para que essa memória seja devidamente preservada, o FÓRUM PERMANENTE DA ANISTIA EM PERNAMBUCO e a ASSOCIAÇÃO PERNAMBUCANA DE ANISTIADOS POLÍTICOS-APAP, com apoio de várias outras organizações associativas, relializam todos os anos um ATO DE DESAGRAVO AO POVO BRASILEIRO e prestam uma homenagem aos estudantes IVAN DA ROCHA AGUIAR E JONAS JOSÉ DE ALBUQUERQUE BARROS, que foram mortos a tiros de fuzil pelo exército, em frente ao EDIFÍCIO JK, na avenida Dantas Barreto, naquela data.



PELA ABERTURA DE TODOS OS ARQUIVOS DA DITADURA!
PELA LOCALIZAÇÃO DOS "CORPOS" DOS DESAPARECIDOS POLÍTICOS!
PELO O DIREITO À VERDADE, À HISTÓRIA E À MEMÓRIA!


Recife - Pernambuco - 01 de Abril de 2009

FÓRUM PERMANETE DA ANISTIA EM PERNAMBUCO

Um comentário:

  1. MENSAGEM DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL
    PARA O DIA DO TRABALHADOR - 1º DE MAIO




    “O salário que vós deixastes de pagar está gritando
    e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor” (Tg 5,4).

    Ao celebrar o Dia do Trabalhador, a CNBB confirma seu compromisso em favor dos direitos sociais do povo e, em especial, dos direitos trabalhistas e dos esforços para consolidar as suas organizações. Expressa também a solidariedade com todos os desempregados, vítimas da crise ou dos que se aproveitam dela. Os princípios da Doutrina Social da Igreja - a dignidade da pessoa humana, a destinação universal dos bens da terra e a prioridade do trabalho sobre o capital - inspiram alternativas para uma nova ordem econômica, em vista de um mundo justo e solidário.

    Neste ano, o dia 1º de maio acontece no contexto da crise que assola o conjunto da economia mundial. A crise mostra a sua face mais cruel ao se deslocar do capital financeiro para o setor produtivo, dizimando milhares de postos de trabalho, na cidade e no campo. Os países e as populações pobres sofrem mais diretamente as conseqüências do atual modelo capitalista de desenvolvimento, incapaz de assegurar a dignidade humana, garantir os direitos sociais básicos e preservar a vida em nosso planeta.

    Na origem da crise estão o sistema neoliberal globalizado e a falta de ética na economia e na regulamentação do mercado, gerando corrupção e especulação. O mercado financeiro, na medida em que comanda as relações dos seres humanos entre si e com a natureza, reforça o consumismo comprometendo a justiça social e o equilíbrio ambiental. A crise financeira e econômica é apenas uma parte da crise mais profunda que é social, política, cultural, ambiental, ética e espiritual. Todas essas dimensões devem ser consideradas com coragem e lucidez, na busca de uma saída sustentável.

    A crise atinge, sobretudo, os trabalhadores, os pobres, as pequenas e médias empresas. Os bancos recebem verbas milionárias dos governos para salvar o sistema financeiro. No entanto continuam as demissões, levando muitas pessoas a buscarem sua sobrevivência no trabalho informal. Tal situação corre o risco de ser agravada, caso seja aprovada a Proposta de Emenda Constitucional sobre a Reforma Tributária, do modo como está sendo apresentada. Ela atingiria o cerne do sistema de Seguridade Social e reduziria gravemente a proteção de mais de 36 milhões de trabalhadores aposentados e pensionistas.

    Os tempos atuais, mesmo difíceis, representam oportunidades para as mudanças necessárias em direção a uma nova ordem econômica. Nesse contexto, a Igreja faz ressoar o clamor dos trabalhadores por vida e dignidade. As aspirações do povo trabalhador, por meio de suas organizações, indicam caminhos para a consolidação dos direitos, tais como: não às demissões, valorização das aposentadorias, queda nos juros, redução da jornada de trabalho sem redução dos salários, reforma agrária e fortalecimento da agricultura familiar e agro-ecológica, combate ao trabalho escravo e degradante, valorização dos movimentos de trabalhadores desempregados, incentivo às iniciativas de economia popular solidária, investimento nas políticas públicas de saúde, educação e moradia.

    A CNBB convida trabalhadoras e trabalhadores a manterem viva a fé, a esperança e a alegria em Jesus Cristo Ressuscitado. Que Nossa Senhora Aparecida e São José Operário, o Carpinteiro de Nazaré, intercedam junto a Deus, a fim de que as mais copiosas bênçãos sejam derramadas sobre todos os que, irmanados pelos laços do trabalho, constroem o nosso País.

    Indaiatuba- SP, 28 de abril de 2009.



    Dom Geraldo Lyrio Rocha
    Arcebispo de Mariana-MG
    Presidente da CNBB

    Dom Luiz Soares Vieira
    Arcebispo de Manaus-AM
    Vice-Presidente da CNBB

    Dom Dimas Lara Barbosa
    Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro-RJ
    Secretário Geral da CNBB

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